13 dezembro, 2008

A alma da porta e do cadeirão velho

Há cães luminosos lá fora
Saltando em campos verdejantes
E eu aqui…
Há estrelas cadentes lá fora
Riscando no azul céu
E eu aqui dentro …
Há um ondas cintilastes lá fora
Desenhando o verde mar
E eu aqui dentro sentado…
Há um mundo fantástico lá fora
No colorido do mundo
E eu aqui dentro sentado no cadeirão…

Mas mal me levanto do meu velho cadeirão
E abro a velha porta que construi aqui
Sentado no meu cadeirão velho
Dos campos verdejantes
Fogem os cães luminosos,
Do azul celeste não transparecem
Os riscos incandescentes das estrelas,
E o mar, esse nunca é verde cintilante
E ondeado.
Lá fora
Não tem!
Lá fora da minha porta
Não há!

Lá fora da minha porta velha
Não é!


Há coisas que só existem lá fora
Do lado de dentro da minha velha porta
Há coisas que só existem lá fora
Da minha porta
Quando me sento no meu velho cadeirão
Verde e azul cintilante com cães ondeantes
E estrelas cadentes riscando luminosas
A minha alma.
A minha alma de madeira velha de porta,
de cadeirão usado, de cores lá fora
sentidas em mim… E eu.

AlmaAzul 2008

4 comentários:

mfc disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mfc disse...

Sentei-me nesse teu cadeirão e vi tudo o que disseste.

AlmaAzul disse...

:) É muito bom quando se consegue isso :)
***azuis

Smile disse...

Coincidência, eu também escrevi algum sobre uma cadeira :-)
Gostei do teu cantinho.