E eu gostaria de voltar ao livro que deixei à alguns meses.
Repousar lentamente nas margens do rio de água vermelha da tua infância.
Gostaria de poder ver o desassossego dor bichos daquela manhã onde pela primeira vez apertamos as mãos geladas.
Ah!… Como riamos da senhorita que passava com aquela saía curta todos os dias junto a nós, e desconhecíamos que poderia ser a mãe de alguma de nós…
Éramos feitas de sol, de flores, de riso e de pó.
Lembraste como davam cambalhotas tortas nos sulcos da terra remexida de onde as batatas saíram a suar?
Como era difícil retirar o surro dos joelhos dentro do tanque do fundo do jardim?
Possuíamos uma felicidade pura. E éramos felizes, mas tão felizes que a felicidade não existia nas nossas preocupações?
Brincávamos aos pais e aos filhos e fazíamos 2 ou 3 e três personagens ao mesmo tempo… ~
Riamos tanto.
E dançávamos tango… Sempre Gostamos de dançar tango.
E tu tinhas tanto jeito. Eu sempre fui pé de chumbo e tu pé-de-vento.
Mas sempre me convenceste a dançar tango, pois “ o tango não se dança sozinho” dizias.
E eu dançava e gostava de te fazer as vontades.
E gostava tanto de tentar apanhar uma daquelas flores lilases inteira, só para ti, mas sempre saiam às partes.
Saiam como nos saíram as nossas vidas: às partes!
2 comentários:
meu comentário é tal qual o nome da música: "eu também vou reclamar" ;)
Era o tempo em que julgávamos que a felicidade estava ao dobrar da esquina... e, por vezes, estava mesmo.
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