Los Angeles

...

Uma amiga escolheu, como prenda no último natal, um livro. Queria um livro bem-disposto. Um livro com piada. Cor-de-rosa. Com romance. E mais não sei o quê…

Tinha tudo a ver com ela e nada comigo. Não encaixava no meu tipo de literatura usual.

- Alma, nada de descrições nem de pesos nem essas coisa horríveis que tu lês! – Ainda a ouço…

- Ok, Ok, Ok …

Bem, fui adiando, …adiando, adiando … Não conseguia encontrar nada em condições. ..

Perguntei aqui ali… Diziam este, aquele e, nada me soava bem.

Peguei no meu puto e lá fomos os dois avacalhar para a fnac … Entre jogos e computadores e filmes, que eram mais interessantes, ainda vimos uns mp4 porreiros, umas máquinas fotográfica e já com um espírito mais leve olhei para os livros…

Peguei num cor-de-rosa que me saltou à vista. Li o prólogo, a primeira página, a contracapa, a informação do autor e disse: é isto que ela quer!

Leu-o de uma vez, ficou eufórica, e já leu o outro da mesma autora*.

Claro que me devolveu o livro ao meu monte de cabeceira e me obrigou a ler…

E mais uma vez me convenço que tenho de ler e ver mesmo o que me parece que não irei gostar! Lê-se muito bem. Portanto aqui fica a sugestão:

Los Angeles, Marian Keyes – arteplural edições – 1º Edição 2005

“Prólogo

Dentro de momentos, aterraremos no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Pedimos o favor de endireitar as costas da sua cadeira e de verificar se pesa menos de quarenta e cinco quilos e se tem dentes perfeitos”

(p. 9)

“A minha vida fora sempre irrepreensível. Antes de deixar o meu marido e fugir para Hollywood, eu praticamente nunca tinha dado um passo em falso. Pelo menos, não que muita gente soubesse. Portanto quando de repente tudo se desfez como papel molhado, não consegui livrar-me de uma suspeita insidiosa de que isto há muito estava para acontecer. Uma vida tão certinha pura e simplesmente não existe. “

(p. 13)