19 fevereiro, 2009

o cristão


Cristo de LINO MATOS


A propósito das opiniões que têm vindo a público, de alguns distintos católicos sobre a homossexualidade eu proponho-vos uma reflexão sobre um excerto de “A anti-cristo” de Friedrich Nietzsche.

Este livro era o livro que mais me assustava na estante de livros do meu pais e que tive de ganhar alguma coragem para abrir.

“O problema que coloco aqui não é: que é que deve substituir a humanidade na escala dos seres ( - o homem é um fim - )? Mas sim: que tipo de homem se deve criar, se deve querer, que tipo terá maior valor, que tipo será mais digno de viver, mais seguro do futuro?

Esse tipo de valor superior já muitas vezes foi visto: mas como um acaso, como uma excepção. Nunca como um tipo desejado. Pelo contrário, esse tipo foi sempre o mais temido; até ao presente, quase que foi a realidade terrível por excelência – e esse temor engendrou o tipo de contrário. Querido, criado, conseguido: o animal doméstico, o animal de rebanho, o animal doente que é o homem – o cristão…”

Friedrich Nietzschein in “O anti-cristo”, 3 parte - pag. 10 - Europa-América

4 comentários:

mfc disse...

Não ligues ao Bispo... é absolutamente trengo!
(Como gosto da palavra trengo!)

Filha de SafO disse...

Tendes razão, tu e o Friedy, o homem é mesmo um animal, em todo o sentido da palavra ;)
Bom FDS M-L :D
Xau xau

S-Kelly disse...

Citar Friedrich Nietzsche pode tornar-se perigoso, porque é importante atendermos aos contextos, no entanto, eu quero acreditar, que nem todos os cristãos são deturpados na sua essência católica. Conheço, felizmente, quem seja cristão na prática corrente do bem. Cristão não é aquele que vai à missa e que reza o terço; cristão é aquele que partilha as alegrias, mas que também e nos acode na dor.
o Homem, enquanto ser humano, é terrível sim, mas é terrivel no Cristianismo, no Induísmo, no Judaísmo, no Islamismo, no Protestantismo, no Mormonismo, e por aí em diante... a questão prende-se, quer queiramos ou não com a essência de cada um. Em "Para Além de Bem e Mal" de Nietzshe podes ler: "...a maldade espiritualiza-se..." Será??

S-Kelly disse...

Citar Friedrich Nietzsche pode tornar-se perigoso, porque é importante atendermos aos contextos, no entanto, eu quero acreditar, que nem todos os cristãos são deturpados na sua essência católica. Conheço, felizmente, quem seja cristão na prática corrente do bem. Cristão não é aquele que vai à missa e que reza o terço; cristão é aquele que partilha as alegrias, mas que também e nos acode na dor.
o Homem, enquanto ser humano, é terrível sim, mas é terrivel no Cristianismo, no Induísmo, no Judaísmo, no Islamismo, no Protestantismo, no Mormonismo, e por aí em diante... a questão prende-se, quer queiramos ou não com a essência de cada um. Em "Para Além de Bem e Mal" de Nietzshe podes ler: "...a maldade espiritualiza-se..." Será??