Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira
4 comentários:
Querida...
Deixo-te aqui os votos de um NATAL MUITO FELIZ!
Beijocasss
Entre prosas e versos, Feliz Natal!
"Eu faço versos como quem morre."
Bem...fantástico :)
Bom natal e bom ano novo!!
Beijinho
Beijazul de Natal!
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