16 dezembro, 2005

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias.
Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

4 comentários:

Unknown disse...

Querida...

Deixo-te aqui os votos de um NATAL MUITO FELIZ!

Beijocasss

Anónimo disse...

Entre prosas e versos, Feliz Natal!

Francesca disse...

"Eu faço versos como quem morre."

Bem...fantástico :)

Bom natal e bom ano novo!!

Beijinho

Anónimo disse...

Beijazul de Natal!